sexta-feira, 4 de junho de 2010

Você Valoriza A Si Mesmo?

Outro dia eu estava assistindo a TNT, o canal a cabo. Como de costume, estava passavando mais um daqueles comerciais intermináveis entre os filmes. Tem gente que não gosta, mas eu até me amarro em alguns deles. Tem coisas que valem a pena serem assistidas, como aconteceu nesse dia. Não as propagandas; me refiro às curiosidades que passavam sobre as produções hollywoodianas. Eu explico.
Passou uma daquelas entrevistas que fazem em lançamentos de filmes do cinema; dessa fez foi com Jay Baruchel, um ator de uma comédia romântica(que é a cara de um colega meu da faculdade), que vai estrear em breve. As pessoas subestimam os comediantes, taxando eles de bobalhões, mas pra se fazer rir, você tem que ser uma pessoa esperta e criativa. Um conhecimento amplo de mundo acompanhado de muito sendo crítico. O cara fez um comentário muito inteligente sobre o conteúdo desse gênero de filme.



Disse que geralmente nas comédias, o protagonista masculino sempre segue um estereótipo: é um fracassado,um idiota, um "loser" bobão qualquer que se apaixona pela garota mais linda popular, fodalhona do pedaço. E para conquistar ela, ele tem que passar por vários desafios, se superar para ser o bambambam da sua turma no final da história e beijar a garota antes dos créditos. Não importa que o personagem seja músico, dançarino atleta, estudante etc. Os estúdios sempre seguem esse mesmo roteiro e linha de raciocínio, com poucas variações.



Jay Baruchel prosseguiu com seu discurso e me brindou com a frase “Jamais devemos encontrar o nosso valor em outras pessoas”. Uma ótima lição que seu filme, que pessoalmente ainda nem vi e sequer sei o nome, pretende mostrar. A trama aliás, é a seguinte: um cara normal que trabalha no aeroporto, interpretado por ele, consegue com que uma garota linda e maravilhosa, que conhece se apaixone por ele. Tudo isso agindo sem extremismos, bastando ser ele mesmo e dando carinho e atenção pra moça. Isso, admito é algo difícil de crer que ocorra, porém mesmmo assim consegue ser mais verídico de se concretizar na realidade, do que certos absurdos que acontecem em comédias românticas. A típica história do “muita areia pra um caminhãozinho”, que eu, aliás, por onde ando, tenho observado bastante. Vejo cada sujeito horroroso com uma gata do lado e eu aqui(nem bonito, nem feio) sozinho. Dá uma inveja da porra, mas reacende a minha esperança. Se eles conseguem porque eu não posso ter essa sorte?
Aplaudo a iniciativa de se realizar um projeto desses, que traz essas boas sensações à tolos ainda esperançosos. Nem todo mundo é ultratalentoso. Porém o mais importante é amar a si mesmo antes de amar outra pessoa. Odeio o realismo simplista, mas tenho que admiti-lo: por mais triste que pareça, a única garantia de uma presença eternamente ao nosso lado, é a de nós mesmos. Lógico que é bom ter alguém do seu lado; ser amado gera segurança e conforto e isso é muito satisfatório e realizador. Mas é perigoso se tornar refém disso; contos de fada não existem, tampouco o felizes para sempre. A solução é aproveitar o momento, curtir enquanto durar e se o romance terminar, que resida ainda o amor próprio, capaz de dar forças para um reínicio desse nobre e belo sentimento.

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