quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Sobrevivendo Aos Agostos Da Vida

Sobrevivi a agosto e comemorei mais (ou seria menos) um ano de vida no dia 10 de stembro. Agradeço aqui as adoráveis pessoas que lembraram do meu aniversário. Isso não acontecia comigo desde 2004. Sério, me senti até emocionado por uma coisa tão boba como ser lembrado... 
Voltando ao tema posso dizer que o mês de agosto me odeia. Por isso só estou me sentindo inteiramente seguro para atacá-lo agora em setembro, quando ele esta morto, pelo menos até os próximos 11 meses. Vamos logo a historinha da vez para vocês compreenderem melhor.
Nem lembro quando, mas há um tempão atrás eu li uma crônica sobre esse mês chamada ”Agosto: O Mês Do Desgosto”. Obviamente, como se pode imaginar, o texto tratava de contar vários acontecimentos ruins sobre o mês. À principio, achei bastante exagerado: merda acontece o tempo todo, independente do mês. No meu ver as mortes, as tragédias, os agouros, se tratavam apenas de coincidências. Parei de debochar quando comecei a sentir na pele a ira de agosto.
Posso dizer que sempre as minhas (escassas) ficantes me largam nesse mês. Arrumam coisa melhor ou não querem mais ver minha cara. Podia ser em outro mês, mas não: tinha que ser no mês de agosto.



Peguei catapora no agosto de 2008, no meu terceiro e derradeiro ano de ensino médio. Por conta disso me esqueci de pedir as 100 pila para inscrição para os meus pais e acabei perdendo o tempo de inscrição para a prova da UFRJ, única que eu ia fazer, praticamente como um teste para mim mesmo, porque estava sem esperanças em vestibular (pobre sem cursinho, estudando por conta própria, saca?). Um ano inteiro jogado no lixo. Podia ser em outro mês, mas não: tinha que ser no mês de agosto.



A mais recente foi foda. Tríplice coroa de se fuder em agosto. Primeiro fui no dentista pedir pro cara ver a minha obturação que tinha caído. O cara vai e me obtura o dente errado. Só percebi isso em casa. Depois no segundo dia de aula na facul, roubaram meu celular, meu único bem tecnológico, exclusivamente meu. Além de celular era minha câmera e meu mp3 player ocasionando que agora estou vivendo sem uma trilha sonora de fundo, coisa que me faz muita falta. Escutar musica pra mim é como fumar um cigarro: um vício que me acalma. O cômico dessa historia toda é que a única pessoa com quem conversei o dia todo foi o assaltante. Praticamente, uns 2 minutos até o desfecho da minha perda material. Até que era um cara simpático e bem arrumado. Nem falou palavrão. Simplesmente falou passa o celular se não te dou um tiro na cara. Simples, direto e sem excessos de violência. Ladrões, aprendam a roubar como esse cara. Depois disso tudo alem de voltar para casa com os bolsos vazios, percebi que pelo dia ruim, praticamente sem sorrisos externos (meu combustível para a vida), mais vazio que meus bolsos estava o meu coração.



Podia ser em outro mês, mas não: tinha que ser no mês de agosto. O importante é que ainda estou firme e forte, pronto para superar os (espero) agostos da vida.

PS: Perdão aos aniversariantes de agosto. Não tenho nada contra vocês amiguinhos. O mês que vocês nasceram é que é uma bosta. Exclusivamente ele.

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