quinta-feira, 25 de março de 2010

Efeito Rivaldo

Existem pessoas de diferentes tipos e trejeitos nesse mundo. Um mundão vasto que oferece um leque infinito de personalidades e possibilidades. Cada um tem a personalidade que quer ter. O que me leva ao questionamento de qual a maneira ideal de ser. Não digo assim, ideal para si mesmo, pois particularmente penso ”Sou o que sou e fodam-se os outros”, me refiro a busca de um padrão social aceitável em todos os lugares. Manter sempre uma aceitação de todas as pessoas em ambientes de trabalho, estudo, lazer. Compreende? 
Não sou utopista, sei que isso é impossível. Mas há jeitos de se comportar que facilitam as coisas com certeza. Nem tenho gabarito para comentar sobre isso, pois tratando-se de sociabilidade nada sei. Nunca fui esse tipo de pessoa extrovertida que se relaciona bem com todos. Tenho meus escassos amigos e capangas aqui e ali e olhe lá. Vou comentar sobre o que me ocorre, agindo como sempre ajo. 
Não sou, nem nunca fui pop. Jamais liguei para isso. Faço minha parte, trabalho no silêncio, tenho meus momentos de brilho ás vezes e caio no esquecimento sempre. 
Como recentemente, em que passei no maldito vestibular, um dos mais fudidos dos últimos tempos e sequer fui lembrado no endereço eletrônico do curso que frequentei por onze meses. Nada do meu nome na lista de aprovados. Tudo bem que pessoalmente, eu repudie esse tipo de publicidade ufanista (Tivemos 100 aprovados, venha estudar aqui!) dos cursinhos, mas eles não sabiam disso. Fiquei puto mesmo por ter sido esquecido de novo. Detesto comparações, mas tinha gente lá que só ficou três meses e foi lembrada. 
A questão que quero levantar não se trata de dó ou pena de mim, algo que nem desejo, e sim algo mais geral sobre gente talentosa, porem tímida e antimarqueteira que nunca recebe o valor que merece. 
Tal qual o Rivaldo do título. Habilidoso, um dos melhores jogadores que esse país já produziu. Se nascesse em outro país seria ídolo de gerações. Mas por sua conduta de introversão, de falar de cabeça baixa, não ter assuntos extra campo ultra-problemáticos, como alcoolismo ou envolvimento com travestis-garotas-de-programa caiu no esquecimento por aqui. Quem lembrou dele em 2006, por exemplo? Tem muito atleta menos talentoso que ele que recebe muito mais atenção na mídia. O futebol, a sua área de atuação, não é o bastante. Tem que haver um escândalo para obter atenção nos periódicos.
Esse assunto que envolve introversão e falta de mérito vai além dos campos de futebol e da vida de um estudante frustrado boladão, se estende por aí em varias áreas e situações e atinge várias pessoas que merecem o devido crédito e não o recebem. Desculpa o choramingo, mas não podia deixar de me manifestar sobre isso. Vida longa as pessoas talentosas e esquecidas. Que o devido reconhecimento venha algum dia.

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