sexta-feira, 12 de março de 2010

A Arte De Ganhar Dinheiro Sem Trabalhar

Não se assuste com o título. Não estou me referindo à atividades criminosas como o roubo. Nem seria capaz disso. Fui criado católico, por conta disso a culpa ia ficar me assolando. Embora eu nem exerça mais os procedimentos religiosos como ir a missa e me confessar, algumas coisas ficam marcadas na gente. Então, continuando o assunto do título, vivo bolando idéias mirabolantes para conseguir grana. Porque não trabalhar como todo mundo? Até o faria mais tenho uma preguiça da porra que vocês nem podem imaginar. Outro dia explico melhor. Então o jeito é aproveitar as oportunidades que surgem. Recentemente estava num curso só porque era remunerado. As pessoas eram legais e tudo, mas meu motivo era mais financeiro do que o da aprendizagem. Pois bem, recentemente passei no vestibular e resolvi me livrar dos meus livros antigos do ensino médio. Não sou nostalgista para chegar ao ponto de guardar livrinho de quando era estudante, então que maneira melhor de se livrar de um monte de velharia que só ocupa espaço? Resolvi vendê-los. Fui no Centro da cidade do Rio de Janeiro e perambulei por um monte de sebos. Impressionante. Em todos os locais em que fui tinha a placa de “Compramos Livros Usados”, mas comprar que é bom mesmo, nada. Ouvi o “Não estamos comprando no momento" umas seis vezes. E eu carregando nas costas sete livros de trezentas páginas cada, numa típica manhã morna do Centro. Suando pra caralho. Já estava de saco cheio. Aí entrei numa loja e a mulher me comprou três por quinze reais. E ainda me tirou dizendo que os livros estavam em péssimo estado. Perfeito. Restavam ainda quatro. Andei mais e mais. Ninguém queria aquela porra. Então fui na Rua da Carioca e um cara me comprou os quatro por doze reais... Nem sei se isso é normal. Foi a primeira vez que fui vender livro velho em sebo, mas dizer que estou me sentindo roubado é pouco. Cada livro daqueles custou pelo menos uns oitenta reais, o que dá uns quinhentos e quarenta. Lógico que não esperava ganhar isso tudo, mas só vinte e sete reais em troca de sete livros é foda. Muito pouco. Enfim, fica aqui o choramingo de um preguiçoso. Juristas criem uma lei de valor mínimo para venda de livros antigos, por favor! Bom pelo menos dá para levar uma garota para sair nesse weekend. Se ela pagar a parte dela,  claro!

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