sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Economia

Meu momento financeiro atual está triste, lamentável mesmo. Tenho notado que estranhamente todo ano após meu aniversário eu começo a ter uma escassez de dinheiro impressionante. Meus bolsos vivem vazios. Seria outra maldição, como aquela do mês de agosto? O fato é que realmente estou quebrado. O que inviabiliza a realização ou procura, de algumas coisas prazerosas na vida. Namorada então nem dá para pensar. Como que vou convidar alguém para sair sem um centavo no bolso? Não que as garotas sejam interesseiras e só saiam com rapazes endinheirados. Pessoalmente posso dizer que já parei com esse tipo de preconceito. Não nego que já pensei assim sobre as mulheres. O lance é que não tenho grana nem para pagar minha passagem, entrada, etc para algum lugar qualquer, o qual eu deseje levar uma acompanhante.




Nem vou reclamar por não receber dinheiro dos meus pais porque seria fácil demais. Talvez até injusto. Já cansei de fazer esse tipo de reclamação e continuo na mesma. Penso que já é tempo de me virar sozinho. Podia até arrumar um emprego, mas não consigo porque sempre falo besteiras durante os processos seletivos nas dinâmicas de grupo, por isso, nem telefonam convocando-me para a etapa seguinte. Atualmente, posso dizer, estou me comportando melhor nesse tipo de situação, espero que pelo menos agora com essa nova postura as coisas mudem e enfim surja alguma oportunidade...
Com isso tudo, acabei descobrindo que sou economista. Me tornei um sem querer. Sou economista justamente porque de algum modo, eu diria até que sobrenatural, consigo que meu dinheiro dure bastante, permanecendo nas minhas mãos perebentas. Como mágica faço as minhas escassas economias durarem períodos extensos. Meu dinheiro recente, que infelizmente acabou, era originário do ano passado. Nem sou avarento. Também é aquilo que já mencionei outras vezes: saio pouco de casa. Nunca me alimento na rua. Não é nojo, é porque vivo liso. Estou até aprendendo a fazer fotossíntese, me alimentando dos raios solares praticamente em alguns dias. Saio de casa às vezes 8 da manhã para procurar emprego e só retorno às 22. Se gastar dinheiro com comida, fico sem dinheiro para passagem de volta. Se não no dia presente, no dia seguinte pode fazer falta. Já cansei de contar moedas para entrar em ônibus. Tenso não?




Tenho aula de economia na faculdade. O professor é até gente boa. Mas eu fico lendo aquelas coisas de PIB, juros, crédito, renda etc e fico digamos achando tudo aquilo cômico, olhando meio que de forma debochada aqueles números e estatísticas característicos. Eu, pobre que sou, lendo sobre os milhões e bilhões da economia brasileira. Lendo que a economia está crescendo em sei lá quantos por cento. E daí? Para mim, para minha vida pacata isso não muda nada. Continuo o mesmo Pharaoh falido de sempre. Esses números só têm importância para esses fazendeiros pançudos que lucram com a exportação primária. Os barões da soja, café, laranja que todos já ouvimos falar. Nem preciso falar da parcela desse "enriquecimento" da economia brasileira que vai para mão de empresários estrangeiros.


Vou até dizer uma besteira agora, me perdoem. Na boa estou muito irritado: dane-se o pré-sal. Sou carioca e estou indiferente em relação à isso. Pouco me importa se vão dividir os lucros entre as demais federações ou que só o Rio fique com as riquezas. Os governantes ficam falando da perda de recursos para o Rio. Reclamando de uma injustiça em relação ao nosso estado. Mas na minha mão nunca chega nada, nem na sua. Duvido que vá chegar dinheiro oriundo de petróleo nas mãos do povo.
Sou individualista mesmo. Me chame de egoísta também, não me importo. Só queria comer porcaria, perder minha virgindade e jogar videogame. É Pedir demais? Melho rainda : existe um emprego assim? Que a pessoa chegue, bata o cartão, coma uma pizza, jogue videogames e transe loucamente com as funcionárias gostosinhas? Se existir me digam para que eu possa enviar imediatamente, meu currículo, repleto de falta de habilidades úteis...

Nenhum comentário:

Postar um comentário