quarta-feira, 10 de agosto de 2011

A Influência De Um Ídolo

Essa história do encontro do Eduardo Sterblitch, vulgo César Polvilho, com o Jim Carrey foi muito bacana. Estou comentando o assunto com um certo atraso e tenho certeza que meus comentários ao longo da crônica parecerão redundantes, mas acho necessário registrar esse caso aqui no blog. Deu para notar que o cara é fã de verdade do ator que interpretou o Máskara, o Ace Ventura e outros tantos personagens icônicos do cinema e isso desde criancinha. É inimaginável crer que toda essa história de um integrante do programa cultuar um ídolo foi criada só para o programa ter uma matéria interessante para variar. O Pânico Na TV já caiu no meu conceito há muito tempo pela baixaria, pelos conflitos internos e pelas piadas de gosto duvidoso, mas dessa vez há de se tirar o chapéu para eles por tentarem fazer algo tão extraordinário como a realização de um sonho. A emoção do Eduardo Sterblitch foi real e as suas lágrimas não deixam mentir. Parabéns à produção do programa, ao pessoal do Twitter pela colaboração e ao Jim Carrey pela sua humildade em ser tão receptivo.
Acho que todo mundo se imaginou no lugar do Edu. Não necessariamente pelo fato de estar frente a frente com o Jim Carrey. Refiro-me ao fato de conhecer um ídolo, seja ele qualquer. Ídolos são pessoas de carne e osso como nós e dá até para considerar o desconforto que eles sentem quando vêem uma pessoa que eles sequer conhecem chorando de emoção. Quem mandou eles serem tão legais? O constrangimento é um pequeno preço a se pagar pela fama.


É interessante como um ídolo por ser famoso pode influenciar outras pessoas que ele sequer conhece. Uma celebridade sempre se torna modelo de sucesso para outras pessoas. Ninguém começa a fazer as coisas do nada. É assim na música, no cinema, na literatura, nas artes plásticas e em tantos outros ramos, sejam eles artísticos ou não. Você admira o trabalho de uma pessoa, absorve algumas características dela e daí começa a trilhar o seu próprio caminho. Ou seja, um ídolo, uma pessoa tão distante de nós pode ser decisiva em nossas vidas, seja influenciando nossas escolhas, nosso estilo de vida ou a nossa carreira.
Lógico que tenho meus ídolos. Em diferentes áreas aliás. Sou uma espécie de Seu Madruga: já tentei fazer um monte de coisa e não dei certo em nenhuma. Já mencionei várias vezes aqui no blog que fazia histórias em quadrinhos. Não comecei a escrevê-las do nada. Fui influenciado pelos mangakas japoneses. Tudo bem que as minhas histórias em nada se relacionavam com mangás, mas a idéia de usar a mídia quadrinho para contar uma história certamente veio da minha leitura habitual de mangás.
Depois por um longo período, fiquei com a idéia na cabeça de que queria ser comediante quando adulto, igual ao Eduardo Sterblitch, que desde criança queria fazer isso como o seu ídolo Jim Carrey. No meu caso a influência foi o  Adam Sandler. Adorava seus filmes, me identificava com seus personagens e achava legal o seu jeito de incluir os seus amigos em seus filmes (Rob Schneider que o diga).


Por isso ganhar dinheiro fazendo os outros rirem parecia uma perspectiva interessante para o futuro e além disso, notei que sentia um certo prazer em provocar risos nos outros a qualquer preço, inclusive valendo-me de piadas autodepreciativas. Como todo comediante é ator resolvi ir estudar um pouco de teatro e infelizmente pude perceber o quanto inexpressivo eu era. Na voz e no corpo. Eu não serviria para atuar nem mesmo no cinema mudo.


Não sei se sou crítico demais comigo mesmo, mas não me achava bom o bastante e não me sentia fazendo progresso em ambos os casos, tanto nos quadrinhos quanto na comédia. Alguns amigos até me elogiavam, mas em relação a elogios eu sempre desconfio da opinião de amizades. No bom sentido é claro. Bons amigos costumam dizer coisas positivas para animar você, a fim de estimular as suas habilidades. O problema é que não dá para usar a opinião de amizades como parâmetro para saber se você de fato está fazendo um trabalho interessante. Como a minha insegurança transparece no dia-a-dia, consigo até imaginar a galera contendo as suas criticas para não me deixar mal. Com a suposta falta de progresso e com a indecisão na cabeça acabei desistindo.
Aí me ocorreu essa solução de escrever, ou melhor, ser (ou tentar ser) engraçado escrevendo. Escrevendo consigo contar histórias como fazia nos quadrinhos e fazer gracinhas como em uma comédia. Isso sem ter que me dar o trabalho de aparecer. Faço com prazer e me sinto confortável fazendo-o. A mídia pode até ter mudado, mas as influências continuam as mesmas. Meus ídolos ainda são os mesmos e é isso que importa. Parabéns a você Eduardo Sterblitch pelo sucesso, por não desistir e por ter conseguido conhecer seu ídolo, sua influência, seu mentor, seu mestre.


PS: Um dos meus sonhos é conhecer o Adam Sandler. Se alguém puder me ajudar, agradeço.

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